sábado, 24 de outubro de 2015

No céu uma estrela , na terra uma inspiração!

Hoje 24 de outubro de 2015 celebramos o primeiro centenário do nascimento ao céu do nosso querido Fundador o Pe. José Baldo. Mesmo se passando 100 anos de sua morte ele continua sendo para nós pequenas Filhas de São José e para tantos cristãos um modelo inspirador no seguimento radical de Cristo , um modelo de quem busca colocar Deus como princípio e fim de todo o seu agir.

O beato Pe. José Baldo nasceu no dia 19 de fevereiro de 1843 em Puegnago (Brescia) na Diocese de Verona. Quando se manifestou a vocação do filho, a mãe o aconselhou: “Recorda-te, ou padre bom ou nada”. Ele acolheu seriamente o conselho materno e, através dele, orientou toda a sua vida. Padre José é um santo sacerdote segundo o coração de Deus.
Quando entrou no Seminário se distinguiu pela piedade, disciplina e aproveitamento nos estudos.
Consagrado sacerdote no dia 15 de agosto de 1865, foi por um ano, zeloso cooperador em Montório. Foi por 11 anos um apreciado Vice-diretor do Colégio Episcopal de Verona, onde, com um verdadeiro temperamento de educador forte e suave, esperava  formar nos jovens, uma consciência sólida e pura, de cristãos maduros e fortes na fé, sem incertezas e firmes na  adesão à Igreja e ao Papa.
No dia 17 de novembro de 1877 Pe. José é enviado como pároco em Ronco all’Adige, onde permaneceu até à sua morte. Foram trinta e oito anos ricos de inumeráveis iniciativas pastorais e sociais. Não menos importante foi a fundação das Pequenas Filhas de São José ,herdeiras do seu espírito e da sua caridade no serviço aos irmãos.
Convencido de que a vocação sacerdotal é essencialmente um chamado à santidade, ele condensou em três frases lapidares o seu programa de vida:
·         Fazer de modo extraordinário as coisas ordinárias.
·         Caminhar na presença de Deus para  agradá-lo.
·          Utilizar o tempo com assiduidade e  ordem.

Padre Baldo foi uma figura que cativou com o heroísmo de suas virtudes e com a multiplicidade de suas obras. Sacerdote de profunda vida interior, ele foi um verdadeiro modelo de pároco em todos os momentos.
Uma terna e filial devoção a Nossa Senhora, marcou o arco de toda sua existência terrena. Para  Padre Baldo, Ela foi a padroeira e o modelo de um estilo de vida feita de sacrifício e abandono à santa vontade de Deus.
Para ser digno representante do Sacerdote Eterno, somente lhe faltava de conformar-se a Ele como vítima. Pediu como graça  ao Senhor uma longa doença. E foi atendido.
No dia 24 de outubro de 1915, rico de virtudes e méritos, adormeceu-se serenamente no Senhor, sempre amado, buscado e servido nos irmãos. Este é o dies natalis (dia natalício) do servo bom e fiel.

Obrigada Senhor por nos ter dado o beato Baldo como inspirador para o teu seguimento. 

Oração ao Bem-Aventurado Pe José Baldo
Ó Deus, nosso Pai,
que no Bem–Aventurado José Baldo,
deste à tua Igreja um admirável
exemplo de Sacerdote piedoso,
sábio educador,
Pároco zeloso e pai dos pobres,
faça que, estimuladas (os)
pelo seu exemplo sejamos
corajosas testemunhas do teu Evangelho
e te sirvamos, com fidelidade e amor,
sobretudo nos irmãos mais necessitados.
Por sua intercessão concedei–nos
as graças que agora com fé te pedimos.
Por Cristo nosso Senhor. Amém.


sábado, 17 de outubro de 2015

Quem quiser ser grande seja servidor!

Neste domingo a igreja celebra o dia Mundial das Missões, recordando que todo Cristão pela força do seu  batismo por si só já é missionário. Neste ano de 2015, o Dia Mundial das Missões tem como pano de fundo o Ano da Vida Consagrada, que serve de estímulo para a sua oração e reflexão. Na verdade, entre a vida consagrada e a missão subsiste uma forte ligação, porque, se todo o batizado é chamado a dar testemunho do Senhor Jesus, anunciando a fé que recebeu em dom,
isto vale de modo particular para a pessoa consagrada.
O seguimento de Jesus, que motivou a aparição da vida consagrada na Igreja,
é reposta à chamada para se tomar a cruz e segui-lo, imitar a sua dedicação
ao Pai e os seus gestos de serviço e amor, perder a vida a fim de a reencontrar.
A dimensão missionária, que pertence à própria natureza da Igreja,
é intrínseca também a cada forma de vida consagrada,
e não pode ser transcurada sem deixar um vazio que desfigura o carisma.
    Quem segue Cristo não pode deixar de tornar-se missionário, e sabe
que Jesus «caminha com ele, fala com ele, respira com ele, trabalha com ele.
Sente Jesus vivo com ele, no meio da tarefa missionária» (EG 266).
     A missão é uma paixão por Jesus Cristo e,
ao mesmo tempo, uma paixão pelas pessoas.
     Quando nos detemos em oração diante de Jesus crucificado,
reconhecemos a grandeza do seu amor, que nos dignifica e sustenta e, simultaneamente, apercebemo-nos de que aquele amor,
saído do seu coração transpassado, estende-se a todo o povo de Deus
e à humanidade inteira; e sentimos também que Ele quer servir-Se de nós
para chegar cada vez mais perto do seu povo amado
e de todos aqueles que O procuram de coração sincero.
     Hoje, a missão enfrenta o desafio de respeitar
a necessidade que todos os povos têm de recomeçar das próprias raízes
e salvaguardar os valores das respectivas culturas.
Dentro desta dinâmica complexa, ponhamo-nos a questão:
«Quem são os destinatários privilegiados do anúncio evangélico?”.»
A resposta é clara; encontramo-la no próprio Evangelho:
os pobres, os humildes e os doentes, aqueles que muitas vezes são desprezados e esquecidos, aqueles que não te podem retribuir (Lc 14, 13-14).
     Queridos irmãos e irmãs, a paixão do missionário é o Evangelho.
São Paulo podia afirmar: «Ai de mim, se eu não evangelizar!» (1 Cor 9, 16).
O Evangelho é fonte de alegria, liberdade e salvação para cada homem.
Ciente deste dom, a Igreja não se cansa de anunciar a todos
«O que existia desde o princípio, O que ouvimos,
O que vimos com os nossos olhos» (1 Jo 1, 1).
     A missão dos servidores da Palavra, bispos, sacerdotes, religiosos e leigos,
é colocar a todos, sem excluir ninguém, em relação pessoal com Cristo.
No campo imenso da atividade missionária da Igreja,
cada batizado é chamado a viver o melhor possível o seu compromisso,
segundo a sua situação pessoal.
Uma resposta generosa a esta vocação universal pode ser oferecida
pelos consagrados e consagradas através duma vida intensa de oração

e união com o Senhor e com o seu sacrifício redentor.
( Resumo da Mensagem do Papa para o dia das Missões 2015) 
O tema proposta para esse ano Missão é servir tem uma 
sintonia coma liturgia deste domingo.
A 1a Leitura apresenta o "Servo de Javé". (Is 53,10-11)

Isaías apresenta o Messias como uma pessoa insignificante e desprezada
pelos homens, através do qual se revela a vida e a salvação de Deus.
O Messias não será um rei de grande poder, mas um humilde "servo sofredor".
Cristo, o grande Missionário do Pai,
"não veio para ser servido, mas PARA SERVIR".  

Na 2ª Leitura, Paulo afirma que Cristo foi para nós um grande Sacerdote,
mediador entre Deus e os homens, que resgatou com sua morte na cruz e continua intercedendo por nós junto ao Pai. (He 4,14-16)

No Evangelho, Jesus educa para a Missão os seus apóstolos,
ainda impregnados pelos falsos conceitos de grandeza da época. (Mc 10,35-45)

- Jesus continua sua caminhada para Jerusalém e,
  na sua catequese, faz o 3º Anúncio da Paixão.
- Dois discípulos íntimos de Jesus lhe fazem uma pergunta estranha:
   "Mestre, faça que nos sentemos um à tua direita e
    outro à tua esquerda, na tua glória".
- Os demais Apóstolos reagem indignados,
  pois todos eles tinham as mesmas pretensões.
- A resposta de Jesus foi taxativa: "Não sabeis o que pedis…"

* A procura dos primeiros lugares pelos dois irmãos,
e a indignação dos outros dez apóstolos
revelam muito bem a mentalidade dos discípulos,
que alimentavam sonhos pessoais de grandeza, de ambição e de poder.

Jesus convida os discípulos a não se deixarem levar por sonhos
de ambição, de grandeza, de poder e domínio,
mas a fazerem de sua vida um dom de amor e de "serviço".
- E Jesus apresenta seu exemplo:
"O Filho do homem não veio para ser servido,
mas para SERVIR e dar a sua vida em resgate de muitos.
Pe, Antônio Geraldo Dalla Costa -18.10.2015


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Mãe Aparecida Rogai por nós!

VIVA NOSSA SENHORA APARECIDA! 
Abençoai nossa pátria, nossas famílias e nossas crianças!

sábado, 10 de outubro de 2015

Saber Escolher!

Durante a nossa vida, temos que fazer escolhas.
Há muitas coisas que nos atraem,
mas não conseguimos conquistar todas.
Escolher uma significa renunciar às outras.

As leituras desde dia tratam fundamentalmente deste tema sobre a ESCOLHA.

A 1a Leitura fala da escolha feita por SALOMÃO:
Ele preferiu a Sabedoria de Deus a qualquer outro bem. (Sb 7,7-11)

- Recém coroado, o jovem Rei vai ao templo oferecer um sacrifício a Deus.
- Deus, satisfeito, lhe diz: "Pede-me o que queres... e eu te darei..."
- Salomão: "Sou um adolescente... dai-me um coração sábio,
   capaz de julgar o vosso povo e discernir entre o Bem e o Mal..."
- O pedido agradou a Deus:
   "Já que não pediste nem vida longa, nem riquezas, nem a morte
    de teus inimigos, mas sim inteligência para governar meu povo...
   vou te dar o que pedes... e também o que não pediste..."

* Salomão escolheu a SABEDORIA como Bem maior,
   preferível ao poder e às riquezas...

A 2ª Leitura convida-nos a acolher a PALAVRA DE DEUS. (Hb 4,12-13)
"Ela é viva, eficaz e mais penetrante de qualquer espada de dois gumes".
Ela ajuda a discernir o bem e o mal e a fazer a ESCOLHA certa.

No Evangelho, Jesus propõe uma escolha do JOVEM RICO:  (Mc 10,17-30)

- Jesus está a caminho, ensinando aos discípulos as exigências do Reino
e as condições para integrar a comunidade messiânica.
- Um jovem ajoelha-se diante de Jesus e pergunta:
   "Que devo fazer para conseguir a vida eterna?"

- Inicialmente, Jesus lhe propõe os Mandamentos.
  O Jovem responde que já observa tudo isso... Ele quer algo mais...
  

- Então Jesus o olha com amor, porque de fato praticava... e "queria mais"...
  "Convida-o" a integrar a comunidade do Reino, apontando o caminho:
      . Desfazer-se dos bens terrenos;
      . Partilhar com os irmãos mais pobres.
      . Seguir Jesus no seu caminho de amor e entrega.

A escolha era muito comprometedora: ou segui-lo,
"renunciando" a todos os bens, ou ficar com tudo, mas deixando-o.

- Era o "algo mais" que lhe faltava para passar
  da vivência tradicional da religião, para uma vivência mais generosa.
  Mas o Jovem prefere a segurança da riqueza e recusa o "convite" de Jesus.
  Não tem coragem de dar um passo a mais... e RETIRA-SE TRISTE...

- Jesus comenta: "Como é difícil a um rico entrar no Reino de Deus!"

* A reação do Jovem rico evidencia um fato:
   Quanto mais riquezas alguém possui, mais forte se faz sentir
   a tentação de amarrar o próprio coração aos próprios tesouros,
   a ponto de se tornarem um obstáculo no caminho do Reino.
   O "caminho do Reino" deve ser um caminho a ser percorrido
   no amor, na solidariedade, no serviço, na partilha, na verdade,
   no dom da vida aos irmãos...

- E os apóstolos não perderam a oportunidade:  
  "E nós que deixamos tudo?"
- Jesus garante:
  "Vocês terão recompensa em bens e...  perseguições... e a vida eterna..."

Quem é esse Jovem do Evangelho?
Posso ser eu. Pode ser você... São muitas pessoas
que observam os Mandamentos e até "desejariam fazer mais"...
Mas quando Deus pede algo mais... elas se retiram tristes,
porque estão apegadas a muitas coisas,
que amarram o seu coração e impedem de dar esse passo a mais.
Estão satisfeitas apenas com o "mínimo" necessário...
* E nós nos satisfazemos como o mínimo...
   ou procuramos oferecer "algo mais"?

Cristo nos dirige ainda hoje o mesmo convite:
"Vai e vende TUDO... dá aos pobres... e depois me segue".

* Todos nós temos alguma coisa para vender...
Quais são as "riquezas", de que devemos nos desfazer para esse algo mais
e que tornam o nosso coração materializado e insensível às coisas de Deus.

- Será que Cristo nos olha "com amor" porque vê a nossa generosidade?
  ou  nós "nos afastamos tristes" porque não damos esse algo mais?

- Quantos pobres estão à espera de nossa oferta!...
  Pobres da palavra de Deus, de conforto, de entusiasmo, de orientação,
  educação... instrução religiosa...

E nesse mês de outubro, dedicado às missões, a Igreja nos lembra
que todos devemos nos sentir responsáveis pelas missões.
Devemos distribuir as riquezas espirituais e materiais que possuímos,
também aos que ainda vivem na miséria religiosa e social.

Cristo ainda HOJE continua a convidar:
"Vai e vende tudo o que tens... e dá aos pobres... e depois vem e segue-me..."
Ele continua nos "olhando com amor"...

Ele conta com cada um de nós!...


                                         Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 11.10.2015

sábado, 3 de outubro de 2015

Missão é servir!

“Não se abre uma rosa apertando-se o botão”, escreveu alguém.  É um pensamento muito próprio para uma reflexão sobre a vocação missionária do cristão. O mês de outubro é dedicado às missões. Jesus disse ao enviar os apóstolos para anunciar o ano da graça: “Eis que vos enviou como carneiros em meio a lobos vorazes” (Cf. Mt. 10,16). E, quando, mal recebidos em uma cidade, João e Tiago pretendiam mandar o fogo dos céus sobre aquele povo, mas Jesus os repreendeu “Não sabeis de que espírito sois. (Cf. Lc. 9,55).
A primeira atitude do missionário deve ser a mansidão.
O anúncio da Boa Nova é um anúncio de paz. O texto do profeta Isaías lido por Jesus na sinagoga de Nazaré (Cf. Lc. 4,16-22) e a si próprio aplicado, diz: “O Espírito do Senhor está sobre mim, eis porque me ungiu e mandou-me evangelizar os pobres, sarar os de coração contrito, anunciar o ano da graça”(Cf. Is. 61, 1-4)
A violência e a agressividade afastam os corações. Não é a toa que Santa Terezinha foi declarada padroeira das missões, ela que jamais transpôs as grades de seu convento e, partindo deste mundo aos vinte quatro anos, podia prometer que dos céus enviaria uma chuva de rosas sobre a terra. São Francisco de Sales, igualmente ensinava que se apanham mais moscas com uma gota de mel do que com um barril de vinagre.
Quanta paciência e compreensão mostraram os santos missionários de todos os tempos na inculturação da fé em corações duros e arraigados numa cultura pagã totalmente diversa dos caminhos cristãos. Davam tempo ao tempo, como o semeador aguarda com paciência o tempo da colheita.
Ainda no Evangelho, diante da crítica dos fariseus, Jesus amorosamente acolhe a pecadora pública e lhe perdoa os pecados, e não reprime com irritação o pecado dos “puros de todos os tempos”, mas os leva à conversão chamando-os ao amor.(Cf. Lc. 7, 36-50)  Assim também em outro episódio,  numa ceia junto a publicanos e pecadores, o Mestre disse aos que o criticavam: “Não são os que tem saúde  que precisam de médico, mas os doentes. Ide aprendei o que significa: prefiro a misericórdia ao sacrifício” (Cf. Mt.9, 10-14).
O cristão que tem, pelo Batismo, a vocação missionária, a missão de anunciar a Boa Nova, tem de ter, ele próprio, um coração semelhante ao de Cristo, manso e humilde, como pedimos na jaculatória, “fazei nosso coração semelhante ao vosso”.
O missionário, ao levar a Boa Nova a um mundo angustiado e sem esperança ou cuja esperança se esgota com o último suspiro, não pode se apresentar triste e desanimo, impaciente ou ansioso, mas deve manifestar uma vida irradiante de fervor e da alegria de Cristo.

Nesse espírito o missionário, sem fazer rodeios sobre sua fé e sobre a mensagem, abra sua voz para “propor aos homens a verdade evangélica e a salvação em Cristo,com absoluta clareza e com todo o respeito pela opções livres que a consciência dos ouvintes fará” (E.N 80). Lembre-se “não se abre uma rosa apertando-se o botão”.

ORAÇÃO DO MÊS MISSIONÁRIO 2015
Pai de infinita bondade,
que enviaste Jesus Cristo para servir,
ilumina, com o teu Espírito, a Igreja discípula missionária
para testemunhar o Evangelho a partir das periferias e,
com a proteção de Maria servidora,manifestar 
o teu Reino em todo o mundo. Amém.