UMA DATA DE GRAÇA, UM EVENTO FORTE DE COMUNHÃO!
21 de Novembro de 1894
21 de
Novembro de 2014
Amor...Doação...Presença...120 anos de história...
Querido/as
amigos/as a todos/as uma saudação amiga e um abraço fraterno. Vocês estão em
comunhão conosco através da folha de oração Mosteiro Baldiano, e, é com vocês e
tantos outros amigos, que queremos, nós irmãs Pequenas Filhas de São José, nos
preparar e viver uma festa solene, um evento de graça e de forte comunhão 120
anos de história.
Nos
sentimos profundamente unidas à nossa Madre Geral e a todas as nossas irmãs
espalhadas nos 3 continentes onde estamos presentes como Família Religiosa,
toda de Deus e toda dos irmãos, como dizia o nosso amado fundador Padre José
Baldo.
Será para
nós dia de memória e dia de futuro, como foi outrora no dia 21 de Novembro do
ano de 1894. Dia de gratidão e de fidelidade.
Confiantes
de sermos guiadas pela fidelidade de Deus, olhamos o futuro com esperança, e
sentimos esta festa como um novo chamado a reavivar o dom que é em nós: a
maravilhosa vocação a sermos “Pequenas Filhas de São José, pois o valor da
pessoa está nas motivações que dá sentido à sua vida e estas brotam do coração.
Hoje cada
uma de nós Pequenas Filhas de São José, a qualquer nação pertença, com qualquer
idade se encontre, em qualquer serviço esteja comprometida, sabe que deve
continuamente “fazer retono a Ronco”, espelhar-se à santidade genuína de Padre
José Baldo e de tantas irmãs que percorreram os dias e os anos colorindo-os de
caridade.
Na
certeza que não temos somente uma gloriosa história para contar, mas, também
uma maravilhosa história para construir, repensemos em qual clima surgiu o
nosso Instituto e como Deus agiu na pessoa do Fundador para dar vida a uma obra
que somente era Dele, em função do bem da humanidade.
Padre
José Baldo nos anos de 1877 até 1915 foi vigário do Povoado de Ronco All’Adige,
lugarejo pobre, na periferia da grande cidade de Verona. É naquela pobreza
ambiental e humana que o sacerdote Baldo iluminado pela luz do Espírito e
aquecido pelo amor de compaixão do mesmo Jesus Cristo, sente que assim não
podia continuar e com a firmeza que lhes vinha não das suas capacidades, mas,
da confiança no Senhor grita: “URGE PROVIDENCIAR”.
Daquele
“urge providenciar” nasce o Instituto formado no início de poucas, mas,
generosas jovens e ao longo do tempo muitas outras entraram na fileira. Estas
se dedicaram para aliviar e consolar o sofrimento das pessoas não somente do
povoado de origem, mas em muitos outros lugares.
Os
primeiros anos foram difíceis, poucas forças, muita messe para ceifar, falta de
compreensão, de meios econômico, sofrimentos morais e físicos. Muitas irmãs
vieram a falecer ainda jovens por causa das doenças da época.
As primeiras
irmãs da Congregação receberam a graça “não somente de acreditar em Cristo, mas
também de sofrer por Ele” (Cf.Fl.1,29) É este o “sinal” do poder DAQUELE que
confia uma missão, e é esta a condição da fecundidade e da expansão
missionária.
A palavra
de “coragem” do Fundador vinha da certeza que o Instituto era obra de Deus. Um
dia, o mesmo Padre Baldo foi ao Patriarca de Veneza, o então Cardeal José
Sarto, futuro Papa Pio X para desabafar frente os problemas da recém-nascida
Congregação. O Santo Cardeal assim responde: “Se o Instituto é obra de Deus,
como eu não duvido, não cairá por falta de meios humanos”.
A
fidelidade ao Amor se tempera na aceitação da cruz para completar aquilo que
falta aos sofrimentos de Cristo a favor da Igreja. (Cf. Cl. 1,24)
O Instituto
mergulha as suas raízes no Mistério Pascal com as suas inevitáveis sequências
de paixão, morte e ressurreição. Nasce e é fecundo no sinal do sofrimento. A
frágil plantinha da Congregação, crescia e se alimentava na oração, ao Sol da
Eucaristia. Maria de Nazaré era a companheira indispensável das irmãs e o
querido São José se tornou o padroeiro fiel e medianeiro perto de Deus em
qualquer circunstância.
O
espírito que animou a Congregação desde o início, e que a caracteriza na Igreja
é espírito de dedicação, de gratuidade, de vida de trabalho, de pobreza, de
alegria no cumprimento do dever, de amor fraternal. (Cf. Art.7 Const. PFSJ).
Foi com
estes espírito de grande amor que as Pequenas Filhas foram revelando a presença
de Deus em pequenos gestos onde a pessoa humana precisava delas. Aos poucos
entram como anjos nos lugares de sofrimento: abrigos, hospitais, (durantes as
grandes guerras da Europa prestaram serviço nos hospitais militares), assistência
domiciliar, casas de órfãos abandonados e outros mais...se dedicaram à
educação, nas escolas, nos colégios e em várias atividades paroquiais.
A vida
consagrada em cada tempo revelou uma particular participação ao mistério pascal
de Jesus. Ela exprime de fato “o esplendor do amor” que chega a sua medida máxima
quando doa a sua vida para aquele que ama. (Cf.V.C.24)
São
tantas as histórias de vidas nestes 120 anos. Cultivando a memória do passado,
queremos continuamente confiar no Senhor, pois sabemos que os desafios que nos
esperam são muitos, mas a graça de Deus é maior.
Agradecemos
de coração ao Deus da vida por tantas vidas de doação aos irmãos. Pedimos que
Maria Advogada nossa seja sempre nossa mãe e que São José nos ajude entrar na
intimidade de Cristo, o Verbo feito Homem.
Pedimos
ainda a intercessão do Bem-Aventurado Padre José Baldo e às irmãs que nos
precederam, para que possamos com a graça de Deus continuar na fidelidade à
nossa vocação e na doação aos irmãos mais necessitados. “O bem precisa fazê-lo
bem” dizia Padre Baldo.
Ficamos unidos no afeto e na oração...procurando
sempre e em cada dia “Revelar a presença de Deus em pequenos Gestos”.