Na terceira semana da Quaresma, somos ajudados por uma outra mulher, mas levados pelas mãos pela Virgem Maria. Vamos a Sicar (Jo,1,42) visitaremos as famílias, no estado em que elas estiverem, mesmo aquelas que já estiverem na quinta união! E assentados á beira do poço de Água viva, que é o Filho da Virgem Maria. desejamos beber da fonte de água pura ( Jo 4, 10) para a santidade do matrimônio.
domingo, 19 de março de 2017
Senhor, dá-me desta água!
sábado, 11 de março de 2017
O pecado cega-nos
Continuando nossa reflexão sobre a parábola do Rico e Lázaro
e a Fé nos ajuda a perceber a Luz que é Jesus e nos transfigurar com Ele.
2. O pecado cega-nos
A parábola
põe em evidência, sem piedade, as contradições em que vive o rico (cf. v. 19).
Este personagem, ao contrário do pobre Lázaro, não tem um nome, é qualificado
apenas como «rico». A sua opulência manifesta-se nas roupas, de um luxo exagerado,
que usa. De facto, a púrpura era muito apreciada, mais do que a prata e o ouro,
e por isso se reservava para os deuses (cf. Jr 10, 9) e os reis (cf. Jz 8, 26).
O linho fino era um linho especial que ajudava a conferir à posição da pessoa
um caráter quase sagrado. Assim, a riqueza deste homem é excessiva, inclusive
porque exibida habitualmente: «Fazia todos os dias esplêndidos banquetes» (v.
19). Entrevê-se nele, dramaticamente, a corrupção do pecado, que se realiza em
três momentos sucessivos: o amor ao dinheiro, a vaidade e a soberba (cf.
Homilia na Santa Missa, 20 de setembro de 2013).
O apóstolo
Paulo diz que «a raiz de todos os males é a ganância do dinheiro» (1 Tm 6, 10).
Esta é o motivo principal da corrupção e uma fonte de invejas, contendas e
suspeitas. O dinheiro pode chegar a dominar-nos até ao ponto de se tornar um
ídolo tirânico (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 55). Em vez de instrumento ao
nosso dispor para fazer o bem e exercer a solidariedade com os outros, o
dinheiro pode-nos subjugar, a nós e ao mundo inteiro, numa lógica egoísta que
não deixa espaço ao amor e dificulta a paz.
Depois, a
parábola mostra-nos que a ganância do rico fá-lo vaidoso. A sua personalidade
vive de aparências, fazendo ver aos outros aquilo que se pode permitir. Mas a
aparência serve de máscara para o seu vazio interior. A sua vida está
prisioneira da exterioridade, da dimensão mais superficial e efémera da
existência (cf. ibid., 62).
O degrau
mais baixo desta deterioração moral é a soberba. O homem veste-se como se fosse
um rei, simula a posição dum deus, esquecendo-se que é um simples mortal. Para
o homem corrompido pelo amor das riquezas, nada mais existe além do próprio eu
e, por isso, as pessoas que o rodeiam não caiem sob a alçada do seu olhar.
Assim o fruto do apego ao dinheiro é uma espécie de cegueira: o rico não vê o
pobre esfomeado, chagado e prostrado na sua humilhação.
Olhando
para esta figura, compreende-se por que motivo o Evangelho é tão claro ao
condenar o amor ao dinheiro: «Ninguém pode servir a dois senhores: ou não
gostará de um deles e estimará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o
outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro» (Mt 6, 24)
quarta-feira, 8 de março de 2017
Tributo às mulheres!
quinta-feira, 2 de março de 2017
O outro é um dom!
Continuamos nossa reflexão a partir da mensagem de Papa Francisco para a
Quaresma 2017 sobre a parábola do homem rico e do pobre Lázaro (cf. Lc 16,
19-31). Deixemo-nos inspirar por esta página tão significativa, que nos dá a
chave para compreender como temos de agir para alcançarmos a verdadeira
felicidade e a vida eterna, incitando-nos a uma sincera conversão.
1. O outro é um dom
A parábola inicia com a apresentação dos dois personagens principais,
mas quem aparece descrito de forma mais detalhada é o pobre: encontra-se numa
condição desesperada e sem forças para se solevar, jaz à porta do rico na
esperança de comer as migalhas que caem da mesa dele, tem o corpo coberto de
chagas, que os cães vêm lamber (cf. vv. 20-21). Enfim, o quadro é sombrio, com
o homem degradado e humilhado.
A cena revela-se ainda mais dramática, quando se considera que o pobre
se chama Lázaro, um nome muito promissor pois significa, literalmente, «Deus
ajuda». Não se trata duma pessoa anônima; antes, tem traços muito concretos e
aparece como um indivíduo a quem podemos atribuir uma história pessoal. Enquanto
Lázaro é como que invisível para o rico, a nossos olhos aparece como um ser
conhecido e quase de família, torna-se um rosto; e, como tal, é um dom, uma
riqueza inestimável, um ser querido, amado, recordado por Deus, apesar da sua
condição concreta ser a de uma escória humana (cf. Homilia na Santa Missa, 8 de
janeiro de 2016).
Lázaro ensina-nos que o outro é um dom. A justa relação com as pessoas
consiste em reconhecer, com gratidão, o seu valor. O próprio pobre à porta do
rico não é um empecilho fastidioso, mas um apelo a converter-se e mudar de
vida. O primeiro convite que nos faz esta parábola é o de abrir a porta do
nosso coração ao outro, porque cada pessoa é um dom, seja ela o nosso vizinho
ou o pobre desconhecido. A Quaresma é um tempo propício para abrir a porta a
cada necessitado e nele reconhecer o rosto de Cristo. Cada um de nós encontra-o
no próprio caminho. Cada vida que se cruza conosco é um dom e merece aceitação,
respeito, amor. A Palavra de Deus ajuda-nos a abrir os olhos para acolher a vida
e amá-la, sobretudo quando é frágil. Mas, para se poder fazer isto, é
necessário levar a sério também aquilo que o Evangelho nos revela a propósito
do homem rico.
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