domingo, 31 de maio de 2015

O Trindade Santa!

Luz, esplendor e graça na Trindade e da Trindade


Indivisibilidade, dignidade, totalidade unicidade, 
liberdade, Amor , Comunhao , sao as palavras mais comuns 
atribuidas à Santissima Trindade - Mistério insondavel de Deus.
Ora, a nossa fé é esta: cremos na Trindade santa e perfeita, que é o Pai, o Filho e o Espírito Santo; nela não há mistura alguma de elemento estranho; não se compõe de Criador e criatura; mas toda ela é potência e força operativa; uma só é a sua natureza, uma só é a sua eficiência e ação. O Pai cria todas as coisas por meio do Verbo, no Espírito Santo; e deste modo, se afirma a unidade da Santíssima Trindade. Por isso, proclama-se na Igreja um só Deus, que reina sobre tudo, age em tudo e permanece em todas as coisas (cf. Ef 4,6). Reina sobre tudo como Pai, princípio e origem; age em tudo, isto é, por meio do Verbo; e permanece em todas as coisas no Espírito Santo.
São Paulo nos ensina na segunda Carta aos coríntios, com as seguintes palavras: A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós(2Cor 13,13). Com efeito, toda a graça que nos é dada em nome da Santíssima Trindade, vem do Pai, pelo Filho, no Espírito Santo. Assim como toda a graça nos vem do Pai por meio do Filho, assim também não podemos receber nenhuma graça senão no Espírito Santo. Realmente, participantes do Espírito Santo, possuí­mos o amor do Pai, a graça do Filho e a comunhão do mesmo Espírito. 
(Liturgia das Horas - Oficio das Leituras) 

sábado, 16 de maio de 2015

Sejas minhas testemunhas!

A festa da Ascensão Senhor  é celebrada 40 dias após a Páscoa , após uma serie de aparições e uma longa catequese pascal de Jesus aos apóstolos.  A Ascensão  é um momento a mais do único mistério pascal da morte e ressurreição de Jesus Cristo, e expressa sobretudo a dimensão de exaltação e glorificação da natureza humana de Jesus como contraponto à humilhação padecida na paixão, morte e sepultamento.
Ao contemplar a ascensão de seu Senhor à glória do Pai, os discípulos ficaram assombrados, porque não entendiam as Escrituras antes do dom do Espírito, e olhavam para o alto. Aparecem dois homens vestidos de branco, é uma teofania, a mesma dos dois homens que Lucas descreve no sepulcro (24,4). Neles a Igreja Mãe judaico-cristã via acertadamente a forma simbólica da divina presença do Pai, que são Cristo e o Espírito.
Na força do Espírito de Cristo os discípulos são convidados a continuar firmes na fè, e enviados batizar,  pregar o evangelho e serem testemunhas do Ressuscitado.
Lucas descreve a Ascensão como algo que completa a Ressurreição, onde Jesus não se retira , mas permanece através do seu Espírito.
Na Ascensão, vemos o que somos convidados a viver.  A liturgia, a oração deve nos conduzir para a realidade como Jesus fez com os discípulos. Jesus convida a voltar a realidade, retomar a vida , os compromissos  do dia a dia com os pés no chão, porém imbuídos do Espírito do Senhor. “Toca a terra com os pés , mas não com o coração” 
No Evangelho podemos destacar características da Igreja apontada por  Jesus
1- A Igreja é chamada a anunciar, a ir , a caminhar, a “ Igreja em saída” de papa Francisco. A Igreja é universal e tem o dever de se dirigir a todos. Todos, sem exceção tem direito de sentir o anúncio do Evangelho.

2-A missão da Igreja é pregar o Evangelho
Pregar , não simplesmente como sermão, doutrina, mas como anúncio de um evento, de uma experiência vivida e encarnada do encontro com Cristo vivo e Ressuscitado. O Evangelho , a Igreja se torna credível a partir dos sinais presentes na vida dos cristãos. E o testemunho da experiência de uma vida vivida à luz do mistério pascal que atrai e convence novos cristãos. O beato Pe. José Baldo dizia , que como Padre ele devia “ pregar o Evangelho, evangelicamente com praticas evangélicas”.

3-O Cristão  reproduz o estilo de vida de Jesus.
Os mesmos gestos e  sinais que faziam parte da vida do mestre, faz parte da vida dos discípulos. Na vida dos cristãos é possível reconhecer os sinais da vida do mestre, porque é vida habitada pela presença do Pai  e da sua Palavra. 

sábado, 2 de maio de 2015

Eu sou a Videira!

A Liturgia nos fala da UNIDADE profunda
dos discípulos com o Ressuscitado,
através da imagem da VIDEIRA verdadeira.
Devem "permanecer" em comunhão de vida
com Cristo e com a comunidade.

Na 1a Leitura, PAULO narra a experiência vivida por ele,
para ser aceito na Comunidade. (At 9,26-31)

Três anos após a sua conversão, Paulo vai a Jerusalém
para se encontrar com Pedro e se integrar com a Comunidade.
Lá o antigo perseguidor encontrou um clima de medo e de desconfiança.
Mas ele não se decepcionou, nem se afastou da comunidade,
pelo contrário, "permaneceu" unido a Cristo e à Comunidade.
Cristianismo não é só um encontro pessoal com Jesus Cristo,
é também uma experiência de partilha da fé e do amor com os irmãos.
  
* Quem são os "Paulos", hoje?

- NÓS também, muitas vezes, podemos encontrar dificuldade
     para permanecer em comunhão com os irmãos de nossa comunidade:
   - Diante das contrariedades, somos tentados a abandonar tudo…
   - Nenhum motivo nos deve levar a renunciar à unidade…

- Quantas pessoas são vistas com reservas ou desconfiança na Comunidade
  e não encontram um "Barnabé" que acredite nelas!
     - Sabemos acolhê-las com alegria e compreensão?

Na 2a Leitura, João ensina que a nossa fé
se manifesta através das obras de amor. (1Jo, 3,18-24)
Permanecendo unidos a Cristo, circulará também em nós a sua vida (seiva).

No Evangelho, Jesus afirma "Eu SOU a Videira Verdadeira". (Jo 15,1-8)
Essas palavras, numa ceia de despedida, representam o seu "Testamento".

- Na Bíblia, a imagem da "Vinha" é muito freqüente:
  Israel era considerado uma vinha plantada pelo próprio Deus,
  mas que não produziu os frutos esperados.
  E Deus, o vinhateiro, foi obrigado a abandoná-la, permitiu que fosse destruída…

- JESUS se apresenta como a "Videira verdadeira",
  capaz de produzir frutos que Israel não produziu.

Jesus é o tronco, nós somos os ramos e o Pai é o Agricultor.
Ele cuida da videira, poda os ramos para produzirem mais.
Os ramos secos ele corta e joga no fogo.

Para dar FRUTOS, os "Ramos" precisam de DUAS COISAS:

+ da Seiva da Videira, que é Cristo, pois "sem mim nada podeis fazer".
   O texto fala 8 vezes em "permanecer em Cristo" e 7 vezes em "dar frutos". 
Se não "permanecermos" unidos a Cristo, recebendo essa seiva,
nos tornaremos ramos secos e estéreis, que serão cortados e excluídos...

* Poderão ser eficazes os nossos trabalhos pastorais,
sem a seiva dessa videira e o contato com Jesus, através da oração?

+ da Poda  : Quem não viu já a poda de um parreiral?...
As gotas até parecem lágrimas chorando de dor pela poda... dolorosa...
mas necessária... "para dar mais fruto".
- Sem a poda, poderá ter muita folha e pouco fruto...
Permanecer em Cristo significa também perseverar com ele na prova...

* Aceitamos as podas?

Quem são as tesouras?

- Deus, como trabalhador da vinha, se encarrega de fazer a poda.
  A sua Palavra põe às claras as nossas limitações e falhas…
  e PODA nosso egoísmo, o orgulho, a vaidade, a falsidade, a ganância...

- As pessoas afastadas: com críticas duras e ásperas contra a Igreja…
   * Não poderiam se tornar uma poda salutar, ainda que muito dolorosa?

- As pessoas participantes: por motivos pessoais, também podem "podar"...
   * Sabemos aceitar com humildade e tranqüilidade?

- Familiares: "Gostaria de atuar, mas o marido (ou esposa...) não deixa..."

+ Poderíamos resumir a mensagem de hoje em três Palavras:

Um Apelo: "Produzir frutos…"

Uma Condição: "Permanecer unido a ele".  Para isso, precisa:

- Gastar tempo com ele. Nenhum trabalho, mesmo pastoral, justifica
  o abandono do encontro pessoal com Cristo, na Oração.
  Jesus nos adverte: "Sem mim NADA podeis fazer".
  Devemos antes falar com Deus... para depois  falar de Deus...

- Alimentar a nossa espiritualidade com esta "seiva divina",
  que é a graça de Deus, na escuta da Palavra, na prática sacramental...

- Uma Advertência: Cristão que não "permanece" com ele não dá frutos.
  Tornar-se-á então um "galho seco" que será cortado e jogado ao fogo...
  Isso acontece com aqueles que se separam de Cristo
  e da própria Comunidade

Hoje, Cristo continua produzindo frutos, que agradam ao Pai,
por meio dos cristãos de nossas comunidades,
que "permanecem" sempre unidos a Cristo.


                             Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 03.05.2013

sexta-feira, 1 de maio de 2015

São José protetor dos trabalhadores

A Igreja, providencialmente, nesta data civil marcada, muitas vezes, por conflitos e revoltas sociais, cristianizou esta festa, isso na presença de mais de 200 mil pessoas na Praça de São Pedro, as quais gritavam alegremente: “Viva Cristo trabalhador, vivam os trabalhadores, viva o Papa!” O Papa, em 1955, deu aos trabalhadores um protetor e modelo: São José, o operário de Nazaré.
O santíssimo São José, protetor da Igreja Universal, assumiu este compromisso de não deixar que nenhum trabalhador de fé – do campo, indústria, autônomo ou não, mulher ou homem – esqueça-se de que ao seu lado estão Jesus e Maria. A Igreja, nesta festa do trabalho, autorizada pelo Papa Pio XII, deu um lindo parecer sobre todo esforço humano que gera, dá a luz e faz crescer obras produzidas pelo homem: “Queremos reafirmar, em forma solene, a dignidade do trabalho a fim de que inspire na vida social as leis da equitativa repartição de direitos e deveres.”
São José, que na Bíblia é reconhecido como um homem justo, é quem revela com sua vida que o Deus que trabalha sem cessar na santificação de Suas obras, é o mais desejoso de trabalhos santificados: “Seja qual for o vosso trabalho, fazei-o de boa vontade, como para o Senhor, e não para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a herança como recompensa… O Senhor é Cristo” (Col 3,23-24). Ao propô-lo como modelo e protetor dos operários, a Igreja quer que todos reconheçam a dignidade do trabalho e que o trabalhador seja respeitado enquanto pessoa humana e colaborador de Deus na obra da criação: Por Cristo, único Mediador, participa a humanidade da vida trinitária.
Cristo hoje, sobretudo por sua atividade pascal, nos leva a participar do mistério de Deus. Por sua solidariedade conosco, nos torna capazes de vivificar pelo amor nossa atividade e transformar o nosso trabalho e nossa história em gesto litúrgico, isto é, de sermos protagonistas com ele da construção da convivência e das dinâmicas humanas que refletem o mistério de Deus e constituem sua glória que vive (DP 213).

ORAÇÃO PELO TRABALHADOR

Ó glorioso São José, que velaste a tua incomparável e real dignidade de guarda de Jesus e da Virgem Maria, sob a humilde aparência de artífice, e com o teu trabalho sustentaste as suas vidas, protege com amável poder os teus filhos que estão a ti confiados. Tu conheces as angústias e sofrimentos deles, porque tu mesmo experimentaste isto ao lado de Jesus e de sua Mãe. Não permitas que, oprimidos por tantas preocupações, esqueçam o fim para que foram criados por Deus; não deixes que os germes da desconfiança lhes dominem as almas imortais. Recorda a todos os trabalhadores que - nos campos, nas fábricas, nas minas e nos laboratórios da ciência - não estão sós para trabalhar, gozar e servir, mas que junto a eles está Jesus com Maria, Mãe sua e nossa, para os suster, para lhes enxugar o suor e mitigar as fadigas. Ensina-lhes a fazer do trabalho, como fizeste tu, instrumento altíssimo de santificação (João XXIII).