A festa da Ascensão Senhor é celebrada 40 dias após a Páscoa , após uma
serie de aparições e uma longa catequese pascal de Jesus aos apóstolos. A Ascensão é um momento a mais do único mistério pascal
da morte e ressurreição de Jesus Cristo, e expressa sobretudo a dimensão de
exaltação e glorificação da natureza humana de Jesus como contraponto à
humilhação padecida na paixão, morte e sepultamento.
Ao contemplar a ascensão de seu Senhor à glória
do Pai, os discípulos ficaram assombrados, porque não entendiam as Escrituras
antes do dom do Espírito, e olhavam para o alto. Aparecem dois homens vestidos
de branco, é uma teofania, a mesma dos dois homens que Lucas descreve no
sepulcro (24,4). Neles a Igreja Mãe judaico-cristã via acertadamente a forma
simbólica da divina presença do Pai, que são Cristo e o Espírito.
Na força do
Espírito de Cristo os discípulos são convidados a continuar firmes na fè, e enviados
batizar, pregar o evangelho e serem
testemunhas do Ressuscitado.
Lucas
descreve a Ascensão como algo que completa a Ressurreição, onde Jesus não se
retira , mas permanece através do seu Espírito.
Na Ascensão,
vemos o que somos convidados a viver. A
liturgia, a oração deve nos conduzir para a realidade como Jesus fez com os discípulos.
Jesus convida a voltar a realidade, retomar a vida , os compromissos do dia a dia com os pés no chão, porém
imbuídos do Espírito do Senhor. “Toca a terra com os pés , mas não com o
coração”
No
Evangelho podemos destacar características da Igreja apontada por Jesus
1- A Igreja é chamada a anunciar, a ir , a
caminhar, a “ Igreja em saída” de papa Francisco. A Igreja é universal e tem o
dever de se dirigir a todos. Todos, sem exceção tem direito de sentir o anúncio
do Evangelho.
2-A missão da Igreja é pregar o Evangelho
Pregar , não simplesmente como sermão,
doutrina, mas como anúncio de um evento, de uma experiência vivida e encarnada
do encontro com Cristo vivo e Ressuscitado. O Evangelho , a Igreja se torna credível
a partir dos sinais presentes na vida dos cristãos. E o testemunho da experiência
de uma vida vivida à luz do mistério pascal que atrai e convence novos cristãos.
O beato Pe. José Baldo dizia , que como Padre ele devia “ pregar o Evangelho,
evangelicamente com praticas evangélicas”.
3-O Cristão reproduz o estilo de vida de Jesus.
Os mesmos gestos e sinais que faziam parte da vida do mestre, faz
parte da vida dos discípulos. Na vida dos cristãos é possível reconhecer os
sinais da vida do mestre, porque é vida habitada pela presença do Pai e da sua Palavra.