Mês de Maio
Mês de Maria
Mês de Maria
Corria-se a
volta à Itália em bicicleta. Na etapa da montanha, os ciclistas escalavam o
monte com muita dificuldade. De repente, Bartali saiu do pelotão e, pedalando,
pedalando, mantém a fuga e chega isolado a cortar a meta.
Fazem-se
muitas perguntas, inúmeros comentários sobre a proeza. O próprio Bartali acabou
por explicar o sucesso: Foi muito simples, estava cansado, como todos os meus
companheiros. Levantei então a cabeça e olhando a linha do horizonte, divisei a
saliência de uma pedra que parecia desenhar o rosto de minha mãe. Veio-me à
cabeça a sua preocupação pelos meus irmãos mais novos. Eles precisavam que eu
ganhasse aquela etapa. O prêmio dos Alpes era muito importante para lhes pagar
os estudos. Foi como se eu tivesse tomado uma injeção de energia. Se soubessem
como as minhas pernas começaram a pedalar?! Vamos, tenho que ganhar! disse para
comigo próprio.
Quando cortei
a meta no meio dos aplausos, senti que aquela etapa tinha sido ganha pela minha
mãe.
Se ganhamos o
Céu, é a nossa mãe do Céu que o ganha para nós. Não o ganhamos sem Ela. Ela
puxa-nos para cima, e tem pressa de que o ganhemos. Nas várias etapas da nossa
vida, sobretudo se são de montanha, reconheçamos o rosto de Maria, nossa mãe e
causa da nossa esperança. Digamos-lhe muitas vezes, ao longo do dia: Minha Mãe,
minha confiança.
Transcrito do
Livro Os Mistérios de Maria, Página 48, de Antônio Cardigos, Editora Rei dos
Livros