Celebramos a Solenidade de Jesus Cristo, Rei e
Senhor do Universo. A Palavra de Deus que nos é proposta neste último domingo
do ano litúrgico convida-nos a tomar consciência da realeza de Jesus; deixa
claro, no entanto, que essa realeza não pode ser entendida à maneira dos reis
deste mundo: é uma realeza que se concretiza de acordo com uma lógica própria,
a lógica de Deus. O Evangelho, especialmente, explica qual é a lógica da
realeza de Jesus.
A primeira leitura anuncia que Deus vai
intervir no mundo, a fim de eliminar a crueza, a ambição, a violência, a
opressão que marcam a história dos reinos humanos. Através de um “filho de
homem” que vai aparecer “sobre as nuvens”, Deus vai devolver à história a sua
dimensão de “humanidade”, possibilitando que os homens sejam livres e vivam na
paz e na tranquilidade. Os cristãos verão nesse “filho de homem” vitorioso um
anúncio da realeza de Jesus.
Na segunda leitura, o autor do Livro do Apocalipse
apresenta Jesus como o Senhor do Tempo e da História, o princípio e o fim de
todas as coisas, o “príncipe dos reis da terra”, Aquele que há-de vir “por
entre as nuvens” cheio de poder, de glória e de majestade para instaurar um
reino definitivo de felicidade, de vida e de paz. É, precisamente, a
interpretação cristã dessa figura de “filho de homem” de que falava a primeira
leitura.
O Evangelho apresenta-nos, num quadro
dramático, Jesus a assumir a sua condição de rei diante de Pontius Pilatus. A cena
revela, contudo, que a realeza reivindicada por Jesus não assenta em esquemas
de ambição, de poder, de autoridade, de violência, como acontece com os reis da
terra. A missão “real” de Jesus é dar “testemunho da verdade”; e concretiza-se
no amor, no serviço, no perdão, na partilha, no dom da vida.
Jesus Cristo é rei e pastor que nos leva ao
Reino de Deus, que nos tira das trevas do erro e do pecado, que nos guia para a
plena comunhão com o Pai pelo amor. Jesus nos aponta como “Caminho, Verdade e
Vida” (Jo 14, 6) para que possamos imitá-lo mesmo diante de nossas fraquezas e
medos, morrer com Ele para participarmos de sua vitória.
Nos perguntemos:
1-Que lugar Jesus ocupa na minha vida?
Realmente em minhas atitudes , pensamentos e ações deixo Jesus ser o Rei?
2-Que conversão pessoal preciso para que de
verdade Jesus seja o Rei da minha vida?
3- Que ações concretas devo assumir para
espalhar o Reinado de Deus no mundo?