A liturgia deste Domingo nos recorda que Deus atua no mundo através dos homens e
mulheres que Ele chama e envia como testemunhas do seu projeto de salvação.
Esses “enviados” devem ter como grande prioridade a fidelidade ao projeto de
Deus e não a defesa dos seus próprios interesses ou privilégios.
A primeira leitura apresenta-nos o exemplo do profeta Amós.
Escolhido, chamado e enviado por Deus, o profeta vive para propor aos homens –
com verdade e coerência – os projetos e os sonhos de Deus para o mundo. Atuando
com total liberdade, o profeta não se deixa manipular pelos poderosos nem
amordaçar pelos seus próprios interesses pessoais.
A segunda leitura garante-nos que Deus tem um projeto de
vida plena, verdadeira e total para cada homem e para cada mulher – um projeto
que desde sempre esteve na mente do próprio Deus. Esse projeto, apresentado aos
homens através de Jesus Cristo, exige de cada um de nós uma resposta decidida,
total e sem subterfúgios.
No Evangelho, Jesus envia os discípulos em missão. Essa
missão – que está no prolongamento da própria missão de Jesus – consiste em anunciar
o Reino e em lutar objetivamente contra tudo aquilo que escraviza o homem e que
o impede de ser feliz. Antes da partida dos discípulos, Jesus dá-lhes algumas
instruções acerca da forma de realizar a missão… Convida-os especialmente à
pobreza, à simplicidade, ao despojamento dos bens materiais.